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domingo, 17 de abril de 2016

missing you

Quando, exatamente, você tem noção de que perdeu um grande amor? Quando tudo o que quer é estar com a pessoa e sente que não pode mais? Quando toda vez que você olha nos olhos da pessoa, tudo o que você quer é ajoelhar e pedir perdão por todas as decepções que você causou? Quando qualquer acontecimento ou música que você ouve durante o dia te lembra da existência dela? 
“Ah, essa música... Essa costumava ser nossa música.” 
“Esse sorvete... Ela gosta tanto desse sorvete.” 
“Esse parque... viemos aqui quando estava tudo tão bem... Ou pelo menos parecia estar...” 
“Eu estou respirando? AH MEU DEUS ELA TBM RESPIRAVA.” 
De fato... Eu realmente a perdi. E não, eu não me orgulho nem um pouco disso. 
Apesar de não se ter tempo sozinha já há algum tempo, e de o mundo inteiro estar em concordância de que sim, de certa forma, eu necessito de um tempo sozinha, de um tempo pra mim, de um tempo mais individual, ainda assim eu gosto. Eu quero. Eu penso. Eu insisto. Eu me apaixono. Eu amo? 
Talvez não. 
Possivelmente não. 
Mas também não deixa de ser intenso. E de machucar. Machucar demais. 
A incerteza é, talvez, o que mais machuque. 
Você sente minha falta? 
Você gosta de mim? 
Você pensa em mim durante a noite? Quando repousa a cabeça no travesseiro? Quando deita na sua cama? Ah... a sua cama. Você sequer lembra da noite que passamos juntas? 
O que você sente quando me olha nos olhos? Quando vê que eu estou bem ali, perto de você, sempre ao seu alcance, mas ao mesmo tempo presa em uma distância imposta, exigida por você? Como você se sente quando passa reto por mim e finge que não existo? Quando evita a rodinha de amigos, que supostamente também é sua, só por eu estar nela também? 
Eu gostaria que você enxergasse, que percebesse o tanto de tempo que estamos perdendo ignorando o que sentimos. Não vale a pena. Se tudo permanecer da forma que está momentaneamente, nada do que já se passou vai ter valido a pena. E você sabe que isso não é justo para nenhuma de nós. 
Toda essa enrolação, toda essa balela e palavras bonitinhas só serviram pra me fazer perceber o quanto eu sinto sua falta. E o quanto isso é absurdo. 
Como sentimos falta de alguém que nunca te pertenceu? 
Será que você me pertenceu? 
Durante aquela manhã, em que você estava abraçada comigo, trocando sorrisos e assuntos aleatórios, em que olhávamos o lago e pensávamos em como as coisas ficariam dali para frente, tendo a dolorosa ilusão de que ficaríamos bem, você me pertenceu, menina? 
Eu gosto de pensar que sim. 
E espero que pense dessa forma também, porque eu me orgulho muito de ter conseguido, mesmo que por algumas horas, te chamar de minha.
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